Dicas e estratégias neurológicas preciosas para processos de coaching
Dicas e truques para colocar a mente e as emoções em modo de congruência. Investiga o que é mais funcional para ti, o que te faz sentir melhor e te abre mais perspectivas e soluções. Não se trata de verdades absolutas, mas sim do que funciona melhor para ti.



O que sentes?...
Por norma gostamos de enumerar problemas e questões e atribuir-lhes a razão de como nos sentimos e do que fazemos. O que acontece é que achamos bem falar sobre os outros ou sobre as situações enquanto ficamos esquecidos, remetendo-nos apenas a um actor no meio de tudo o que descrevemos.
Dica preciosa: Da próxima começa o assunto explicando como te sentes. Faz um descritivo do tipo de emoções que tens, onde as sentes no corpo e qual a intensidade.
Do mesmo modo, se queres ajudar alguém ou se és coach ou terapeuta, não perguntes «Então qual o problema?» ou «Que questão quer abordar?». Pergunta antes «Como se sente?» e «Do que quer ou prefere falar hoje?»
As soluções surgem sempre de dentro. Vais ver que sentirás algum desconforto na descrição mas também aumentarás a tua responsabilidade sobre o que vais fazer para te sentires melhor.
Avaliação sandwich
Alguém te pede um feedback, uma avaliação ou uma opinião crítica sobre algum assunto. E tu, usando as ferramentas que te ensinaram e as mais usadas socialmente, passas à crítica dizendo os «ses», os «mas», o «devias ter feito...» e «podias ter dito...» fatais...
Dica preciosa: Sejas mãe, pai, professor, chefe, líder, amigo, etc., divide sempre a tua avaliação em três partes:
1 - «O que é que, na minha opinião, fizeste/fazes bem foi/é...» Enumera mais do que três aspectos.
2 - «O que é eu penso que podes fazer melhor no futuro, das próximas vezes, em situações semelhantes.» Aponta dois ou três aspectos no máximo.
3 - «O que fizeste/fazes melhor foi/é...» Termina com algo positivo, um ou dois detalhes de que gostes mais e que seja encorajador para a pessoa.
Os resultados que obterás serão melhores ao usares estes padrões linguísticos.
Tens ou Queres?
Uma tendência tão grande quanto insistente. «Tenho de fazer...», «Tenho de ir...», etc. Quando se «tem» ou se «deve» é porque estamos ou vamos fazer algo que não é para nós mas sim para os outros.
Dica preciosa: Deste modo, o padrão linguístico a usar será o «Quero» e o «Escolho» e regista o que sentes. Se fores coach ou terapeuta, de cada vez que o teu cliente disser «tenho», pergunta logo «tem ou quer?» ou «tem ou escolhe?».

Os olhos e a verdade...
Dizemos muita coisa, explicamos ou justificamos e os nossos olhos, de alguma forma, confirmam ou desmentem o que transmitimos. Os olhos movimentam-se de acordo com a localização da informação no cérebro. Podemos facilmente perceber se o nosso interlocutor está a criar, a construir ou a mentir; se está a recordar, se a sentir ou a racionalizar o assunto.
Dica preciosa: Um princípio simples a seguir, de acordo com a imagem acima.
Se os olhos se deslocam para cima à direita do interlocutor, é porque está a construir (a criar ou a mentir). Para cima à esquerda estará a recordar, a aceder a memórias. Se lateralmente a direita está a construir sons, e à sua esquerda a recordá-los. Para baixo à direita do interlocutor estará a sentir o assunto. Para baixo à esquerda estará em diálogo interno, a racionalizar.
Vc - Visual construído; Ac - Auditivo construído; C - Cinestésico; Vr - Visual recordado; Ar - Auditivo recordado; Ai - Auditivo interno

Aumentar a auto-imagem...
A fraca auto-imagem está associada à forma como te vês perante o outro. A questão é que tu vês-te pelos olhos do outro, criando a ideia que pensas que o outro tem sobre ti. E depois sentes-te diminuído e sem estima por ti...
Dica preciosa: Um exercício simples:
1 - Identifica em pensamento alguém por quem nutres grande admiração;
2 - Regista de onde surge a imagem dessa pessoa ao pensares nela;
3 - Anota o seu tamanho, nitidez, brilho, cores associadas a essa recordação;
4 - Intensifica todos esses atributos, dá mais brilho, eventualmente envolve a imagem dessa pessoa extraordinária numa aura com a tua cor preferida;
5 - Depois de sentir toda a intensidade dessa imagem, experimenta a colocar-te no lugar dela. Vê-te como imagem também a deslocares-te e a encaixares-te no lugar da imagem anterior.
6 - Anota o que sentes, como te sentes e desfruta agora da tua nova auto-imagem.
7 - Ancora essa auto-imagem de ti de forma a acompanhar-te para sempre.

Por favor, perdoa-me...
Há palavras e frases verdadeiramente curativas. Porque nos resgatam, interrompendo ao mesmo tempo a eventual torrente de pensamentos desconfortáveis. De cada vez que te sentires ressentimento, angústia, revolta, etc., em relação a alguém ou a uma situação na vida aceite a dica seguinte.
Dica preciosa: Chame a memória da pessoa ou situação desconfortável. Mantenha-a presente e anote sobretudo que está a lidar com a memória e não com a situação ou a pessoa. Repito, está a lidar com a memória.
Muito bem, agora, formula o seguinte pelo menos sete vezes, dirigindo-te a essa memória:
1 - Por favor, perdoa-me
2 - Sinto muito
3 - Amo-te
4 - Obrigado
Diz e repete tudo até ficares em paz. Só depende de ti ficares em paz com a memória que transportas dessa pessoa ou situação.