Três formas de sentir. Três formas que nos ligam uns aos outros e três meios de comunicação.
Emoções: São subjectivas e têm uma dimensão comunicacional imediata. Surgem da interpretação que fazemos dos acontecimentos, assente em valores, convicções e crenças. Têm diferentes intensidades e manifestam-se para o exterior: alegria, vergonha, ciúmes, tristeza, ira, medo, surpresa, etc. Na forma de expressões, gestos, tonalidades vocais, movimentos. Também impelem à acção e a melhor forma de não lhes sermos subjugados é pensar sobre elas. Se reprimimos as emoções e não mergulharmos nelas de forma a sabermos como surgem, quando, com quem, aonde, em que contextos, como se intensificam, surgirão o que se chama de neurose: a incapacidade de lidarmos com emoções, que leva muitas vezes ao consumo de ansiolíticos, antidepressivos, álcool e drogas.
Sentimentos: Reportam-se ao nosso interior, não se relacionam com causas imediatas e prolongam-se no tempo. São do foro privado e a sua dimensão comunicativa é mais difusa. Sentimentos surgem quando tomamos consciência das nossas emoções.
Afectos: São o fruto da colecção de emoções, por isso mesmo construídos no passado. As emoções são fruto do presente. Os afectos ligam-nos uns aos outros e criam a ligação entre indivíduos e grupos, como a clubes, a turmas, a equipa, a família.
Por norma, as pessoas referem-se às três como se fossem o mesmo, porém são bastante diferentes. As emoções, estando na base da nossa espiritualidade, requerem mais atenção e reflexão, sendo também o alicerce do que fazemos na vida. Foque-se nas suas emoções e terá probabilidade de estar mais perto de encontrar propósitos e significados na sua vida.