jorge dias
21 de ago de 20203 min
Fizeram perguntas, eu respondo. Como me liguei a esta área e a esta actividade tão relacionada com processos emocionais?
O meu tempo mudou porque um dia decidi mudá-lo. Houve um tempo que era válido a obediência, a submissão, o sacrifício, a sujeição, o fazer o que a maioria fazia. Com a certeza plena de que, se seguisse estas regras, tudo correria bem.
O tempo foi passando e com ele vieram tempos de ansiedade, de stress extremo, de angústia, de frustração, de insegurança e falta de confiança e auto-estima.
Mas era assim que tudo funcionava. Apesar do peso, a mensagem era «ou fazes assim ou será pior». Havia o dito «O mal pode ser sempre pior», que mantinha tudo na ordem. Tudo ok, tudo certo, sigo toda a filosofia de vida instituída, mas porque tenho o peito tenso, porque me sinto perdido, incompleto e maltratado?
A rotina instalara-se, casa-trabalho-casa, semana-fim-de-semana-férias. Passeatas à pressa, convívios a correr, projectos apenas pensados, mas parados. Compras para alívio fugaz.
Um dia, no limite do «hoje é o primeiro dia do resto da tua vida» (da canção do Sérgio Godinho), criei o meu momento. Sim, porque os momentos não chegam, nós é que nos chegamos a eles e os criamos.
Decidi que, em vez de viver sob a batuta de «o Mal pode ser sempre pior», começar a viver ao ritmo de «o Bem pode ser sempre melhor».
E apesar do trabalho que tinha pela frente, uma coisa foi clara para mim: Tenho uma margem de progressão muito grande na procura do Bem. Portanto, a partir dali só podiam vir coisas boas, novidades, surpresas, uma adrenalina diferente, de liberdade.
Mudei de vida e mudei a vida toda. Isto é uma espécie de cliché no desenvolvimento pessoal, mas não funciona com truques e tácticas mentais. Funciona sim com a mudança de Filosofia de Vida. Para uma Filosofia de Vida da tua autoria, largando a pouco e pouco a que adoptaste, por teres aceitado que era assim que as coisas funcionavam.
Quando já coleccionas experiências e conhecimento, basta parar um pouco para elaborares o teu próprio manual de instruções. Que é só válido para ti, porque ninguém mais sentiu e pensou como tu. Ninguém mais passou pelas experiências como tu passaste. Ninguém mais é igual a ti. Somos todos semelhantes, mas não iguais.
Por isso mesmo preparei um método robusto de mudança de paradigma, de Filosofia de Vida. O programa está prestes a ser lançado, muito por responsabilidade de quantos me têm vindo a abordar ao longo destes últimos anos.
Como fizeste? - Comecei com o que tinha e tomei a decisão
Como foi o processo? - Foi estranho porque há muita coisa nova, mas abrem-se tantas janelas e portas que apetece mais
Como conseguiste? - Insisti, não desisti, perseverei. É que, quando se começa é para seguir, não para voltar para trás. Se se fizer isso ainda será pior.
O que fizeste? - Comecei a ler outros livros, a inscrever-me em seminários diferentes, a criar os meus próprios princípios e a seguir mais pelo que sentia, afastando-me das coisas que me causavam mal-estar e a aproximar-me do que me deixava com a sensação de ter aprendido.
Quanto tempo demorou? - O tempo depende da forma como abraçares a novidade que vier ter contigo. Comigo foi rápido. Mas é um processo para a vida, o que é óptimo.
É difícil, não é? - Às vezes pensa-se nessa palavra, «difícil». Mas o que é isso? Uma definição da tua mente.
É muito diferente agora? - Brutalmente. Não tem pontos de comparação para lá de que o nome é o mesmo.
Em Setembro, no Inteligência Emocional para o Dia-a-Dia
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