Há empresas que gostam de anunciar ao mercado que apostam no desenvolvimento das pessoas. Escrevem directores de RH e também professores e catedráticos que o importante é o desenvolvimento das pessoas.
Pense-se um pouco sobre declarações tão sublimes e rapidamente se conclui que tudo se resume a desenvolver competências técnicas. O que interessa é aprender modelos, teorias, ferramentas para usarem em grupos, equipas ou coisas, de forma a colocá-las a produzir mais e a dar mais lucro.
Mas desenvolver pessoas tem uma outra dimensão. A de desenvolver mesmo as pessoas, não só o que elas conseguem fazer, afastando-as delas próprias. Tornando-as 'funcionárias'. Porque na verdade, apesar de se mudarem as terminologias para 'colaboradores', 'recursos humanos' ou 'pessoas', elas continuam a ser peças da engrenagem.
Desenvolvimento de pessoas é trabalhar ao nível do senso de identidade, das emoções, dos padrões mentais, das convicções, da auto-estima, do sentido de inferioridade que está sempre presente em diferentes intensidades. Este sim, é o grande salto para o desenvolvimento de pessoas que se tornam autónomas, criativas, seguras, confiantes e equilibradas. E estas pessoas não 'funcionam', não reproduzem comportamentos e não repetem linguagem oficial.
Não é no meio empresarial que as pessoas se desenvolvem num todo. Apenas crescem nas competências e na sofisticação cognitiva. Sabem operar com a tecnologia, articulam discursos estruturados, absorvem maneirismos relacionais, aprendem etiqueta empresarial. Também não será no meio académico, algo formatado, que haverá este desenvolvimento, porque se preparam seres para operar, para funcionar, para arranjar empregos, para subir nas carreiras.
Sendo assim, fique atento/a quando se fala de desenvolvimento de pessoas. Qual a dimensão em que se fala?
1 - Em competências técnicas? Para trabalhar para outros? Arranjar emprego? Ganhar dinheiro? Ser promovido? Talvez empreender numa indústria?
2 - Ou será desenvolver mesmo as pessoas na sua essência? Na sua identidade? Nos atributos mencionados acima? Que é o que suporta tudo o resto.
Pessoas que pensam por si mesmas. Não repetem nem reproduzem discursos e comportamentos institucionais nem oficiais. Comportam-se como pessoas e não como autómatos obedientes a um sistema.
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