E o indivíduo procurou um monge para obter uma resposta.
- Procuro saber como gerir melhor a minha vida. Sinto-me muito mal comigo. Estou encalhado, triste, sem rumo. Não tenho muita vontade de viver assim...
O monge escutou, ficando em silêncio um largo momento. E respondeu:
- A vida é tão-só um caminho que se faz para a frente, para onde tens os teus olhos, o teu nariz e a tua boca. Os teus ouvidos são parceiros que te acompanham. O teu papel é construir e atravessar pontes que te colocam noutras margens. Quanto mais pontes atravessares, mais conhecimento terás e melhores pontes construirás no teu trajecto. Tornar-te-ás excelente, um verdadeiro arquitecto e um engenheiro da tua vida. Cada vez mais apurado...
- É não é isso afinal que tenho feito sempre?

- Admito que sim, meu amigo. A tua questão é que olhas de mais para trás e de alguma forma deslumbras-te com as pontes do passado.
Experimenta a queimar todas as pontes que constróis, logo após as usares. Verás que o passado não será revivido e não terás nada para te fascinar, porque fizeste o teu trajecto, aprendeste e assim continuarás a construir mais pontes para o futuro, cada vez melhores, mais longas, que te darão acesso a dimensões de vida muito mais gratificantes.
- Penso que entendo...
- Sente, em vez de pensar ou entender. Toma consciência dos quatro níveis:
1 - Vive o momento a construir,
2 - Faz o caminho,
3 - Retira a aprendizagem,
4 - Agradece, queima e segue em frente
Essencialmente, lembra-te: queima todas as pontes do passado para que não haja motivo para voltares atrás ou sequer olhar