Texto baseado em facto real, retirado de uma sessão de coaching sobre mudança de rumo de vida
Chega a sexta-feira e estou pronta para recarregar «baterias» no fim-de-semana.
Chega a domingo e preparo-me para descarregar as «baterias» na semana que entra. Chega o feriado e preparo-me para recarregar «baterias».
Termina o feriado e estou pronta para descarregar «baterias».
Chega a Julho e estou pronta para recarregar «baterias» nas férias que entram.
No final das férias, preparo-me para descarregar «baterias»... de volta ao trabalho.
Penso muito, penso sempre: o que hei-de fazer? Não tenho forças, não tenho energia, já não sinto muito. Tento apenas desfrutar dos intervalos...
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Este é o ciclo da falência emocional. Vou trabalhar e fico esgotado/a, vou de folga e estou a recarregar. Tiro o melhor de mim no que não gosto? A vida é curta para passar tão pouco tempo a recarregar e tanto tempo a descarregar. Tenho tempo para pensar, mas não o tenho para sentir.
Trabalho para viver e sentir ou vivo para trabalhar e pensar?
Se trabalho para viver, as minhas «baterias» estão estáveis. Se vivo para trabalhar, as minhas «baterias» estão em baixo.
Estou em condições de ficar ou em condições de mudar? Depende. Se descarrego tanto e com tanta frequência, não tenho energia para mudar. Se recarrego pouco em pouco tempo, não tenho energia para pensar.
Comentário final: se esta é a sua realidade, está em ciclo de falência emocional. Tem acesso a emoções que gostaria de não sentir e menos tempo para aceder a emoções que quer viver. Trata-se então de inverter o processo. Ter tempo para sentir e para seguir em frente.