Ter autocontrolo emocional é a pedra-de-toque não só para gerir as suas interacções, mas também para se automotivar e perseverar. Três formas acessíveis de aceder a recursos para estar ao comando de si próprio:
1 - Classificar as emoções de 0 a 10
Em cada momento mais desafiante, classifique de imediato a intensidade do que sente. Ao fazê-lo vai avaliar sobre a importância de cada momento e identificar mais tarde o padrão de eventos que o/a afectam.
- A fila das finanças está demorada: Sinto-me irritado/a. De 0 a 10 sinto-me irritado/a 8. Vale a pena? Resolve?
- Uma pessoa foi desagradável: Sinto-me triste. De 0 a 10 sinto-me triste 7. Resolve? O que ganho em sentir-me assim? O que perco com isso?
2 - Descrever o que sente, sem acusar ou queixar-se
Falar sobre o que sente, apenas. Sem apontar justificações, sem acusar ou culpar outras pessoas ou o contexto. Descrever, apenas o que se passa dentro de si. Assumindo a responsabilidade do momento dar-lhe-á mais soluções. Culpar ou queixar-se retira-lhe o controlo da situação e coloca-o/a na posição de vítima.
- Depois de me teres dito que ias embora, senti-me triste e desapontado
- Não aconteceu o que estava à espera e fiquei desorientada. Senti-me revoltada por aquilo não ter acontecido.
3 - Gerir os impulsos contando até 10
Esta parte é o que nos pode diferenciar uns dos outros. Gerir os impulsos requer programar-se para um compasso de espera. A sabedoria popular aconselha a contar até 10. A inteligência emocional também. Importante é parar no momento em que sobe uma espécie de urgência emocional para o comportamento. Ao compassar, o comportamento será estruturado. Se não compassar, será um passo para o desastre.
- Mário conta que se passa quando colega lhe deita aquele sorriso irónico. «Fico fora de mim, apetece-me logo mandá-lo para outro lado.
- Joana diz não se conhecer quando o filho atira brinquedos ao chão. «Não consigo controlar-me, nem me conheço e grito tão alto que o miúdo até se esconde»