Há dias estava num café e ouvi de rajada uma máxima popular dita pelo proprietário do estabelecimento:
«Faz mais quem quer do que quem pode...»
A sabedoria popular tem muita consistência e é notória pela forma simples, crua e sucinta como ensina o que é básico e eficaz. Os provérbios e os ditos populares poderiam ser incluídos na área do desenvolvimento pessoal.

Claro que quem pode pode fazer, mas nem sempre quer.
E quase sempre se pode. Ou talvez até... sempre mesmo.
Mas quando não se quer, fica-se apenas pelo poder sem dimensão poderosa.
Ao contrário, o que quer tem mais poder do que aquele que apenas pode. Porque a dimensão do querer já é um poder efectivo. Aquele que pode e não quer tem um poder estéril.
Então como ficamos?
Aquele que pode não tem poder algum, apenas tem o acesso a manifestá-lo. Já aquele que quer tem o poder da manifestação do poder e assim possui mesmo o poder.
O dito popular acerta no alvo e é de uma exactidão científica. Quem quer faz, quem pode nem sempre faz. Toda a mudança está do lado de quem faz e não de quem pode. Muitas vezes os que podem até estão do lado da trincheira da procrastinação, da preguiça e do desleixo.
O que pode apenas tem o acesso.
O que quer manifesta e assim detém o poder